O Que a Bíblia diz Sobre a Grande Tribulação
A Grande Tribulação é um dos temas mais discutidos e debatidos na teologia cristã, despertando curiosidade e, por vezes, temor nos corações dos fiéis. Este período, descrito nas Escrituras como um tempo de intensa angústia e provação, tem sido objeto de diferentes interpretações ao longo dos séculos.
Neste estudo, exploraremos em profundidade o que a Bíblia realmente revela sobre este momento crucial da história humana, analisando suas características, propósito e o que significa para os crentes hoje.
Introdução à Grande Tribulação
A Grande Tribulação é mencionada principalmente no livro de
Apocalipse, mas suas referências e profecias se espalham por diversas partes
das Escrituras. Para compreendermos plenamente este tema, é necessário
examiná-lo sob a luz do contexto bíblico completo, considerando as profecias do
Antigo Testamento, os ensinamentos de Jesus nos Evangelhos e as revelações
dadas ao apóstolo João em Patmos.
O conceito de tribulação na Bíblia vem do termo grego
thlipsis (θλῖψις),
que significa "pressão", "aflição" ou "angústia".
Já o termo "grande" utilizado em Apocalipse 7:14 é megas
(μέγας), indicando a intensidade e magnitude sem precedentes deste período.
A Grande Tribulação é descrita como:
- Um
tempo de angústia sem precedentes (Daniel 12:1)
- Um
período de ira divina derramada sobre a terra (Apocalipse 15:1)
- Um
momento de intensa perseguição aos seguidores de Cristo (Mateus 24:21)
- Uma
era de juízo sobre os sistemas mundiais (Apocalipse 16-18)
As Profecias do Antigo Testamento
Daniel e o Tempo da Angústia
O profeta Daniel oferece algumas das primeiras e mais claras
profecias sobre um período de tribulação futura. Em Daniel 12:1, lemos:
"E naquele tempo se levantará Miguel, o grande
príncipe, que se levanta pelos filhos do teu povo, e haverá um tempo de
angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele
tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro."
A expressão hebraica para "tempo de angústia" é 'et
tsarah (עֵצַר צָרָה), que denota um período
de extrema pressão e aflição. Daniel descreve este tempo como único na
história, sem paralelos em sua intensidade.
Principais características da profecia de Daniel:
- Será
um tempo sem precedentes na história
- Envolverá
o povo de Israel de forma direta
- Haverá
intervenção divina em favor do povo de Deus
- Estará
associado à ressurreição dos mortos (Daniel 12:2)
Jeremias e o "Tempo de Angústia para Jacó"
O profeta Jeremias também faz referência a um período de
grande tribulação, chamando-o de "tempo de angústia para Jacó"
(Jeremias 30:7). Este período é descrito como:
"Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve
outro semelhante; e é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo
dela."
A profecia de Jeremias enfatiza que, embora seja um tempo de
extremo sofrimento para o povo de Israel, haverá livramento divino. O termo
hebraico tsarah (צָרָה)
utilizado aqui é o mesmo encontrado em Daniel 12:1, reforçando a conexão entre
estas profecias.
Aspectos importantes da profecia de Jeremias:
- É
um tempo de juízo, mas também de restauração
- Envolverá
especificamente a nação de Israel ("Jacó")
- Resultará
na salvação e restauração do povo
- Será
seguido por um tempo de paz e prosperidade
Os Ensinos de Jesus Sobre a Grande Tribulação
O Sermão Profético (Mateus 24)
No que é conhecido como o Sermão Profético ou Discurso
Olival, Jesus oferece detalhes significativos sobre a Grande Tribulação. Em
Mateus 24:21, Ele declara:
"Porque haverá então grande aflição, como nunca
houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver."
Jesus descreve este período com termos que ecoam as
profecias de Daniel e Jeremias, estabelecendo uma continuidade entre as
Escrituras do Antigo Testamento e Seus ensinamentos.
Elementos-chave do ensino de Jesus em Mateus 24:
- A
abominação desoladora (v. 15)
- Grande
tribulação sem precedentes (v. 21)
- Dias
abreviados por causa dos eleitos (v. 22)
- Falsos
cristos e falsos profetas (v. 24)
- Sinal
do Filho do Homem no céu (v. 30)
As Parábolas da Vigilância
Jesus também ensinou sobre a necessidade de vigilância em
relação aos eventos que precederiam Sua volta. Em várias parábolas, como a das
Dez Virgens (Mateus 25:1-13) e a dos Talentos (Mateus 25:14-30), Ele enfatiza a
importância de estar preparado para os eventos finais.
Princípios das parábolas da vigilância:
- A
necessidade de preparação espiritual
- A
importância da fidelidade enquanto se aguarda a volta de Cristo
- A
imprevisibilidade do momento exato desses eventos
- A
separação entre os preparados e os despreparados
O Livro de Apocalipse e a Grande Tribulação
Os Selos, as Trombetas e as Taças
O livro de Apocalipse fornece a descrição mais detalhada da
Grande Tribulação, apresentando uma série de juízos divinos derramados sobre a
terra. Estes juízos são simbolizados pelos selos (Apocalipse 6-7), trombetas
(Apocalipse 8-11) e taças (Apocalipse 16).
Os sete selos:
- O
cavaleiro branco (falsos líderes religiosos e políticos)
- O
cavaleiro vermelho (guerra)
- O
cavaleiro preto (fome e escassez)
- O
cavaleiro amarelo ou esverdeado (morte e hades)
- Os
mártires sob o altar (perseguição e morte dos santos)
- Grandes
terremotos e eventos cósmicos
- Silêncio
no céu e introdução às trombetas
As sete trombetas:
- Granizo,
fogo e sangue sobre a terra
- Montanha
ardente lançada no mar
- A
estrela Absinto caindo sobre as águas
- Escurecimento
do sol, lua e estrelas
- A
primeira das três "ais" - gafanhotos do abismo
- A
segunda "ai" - exército de 200 milhões
- A
terceira "ai" - o reino de Cristo estabelecido
As sete taças da ira de Deus:
- Úlceras
malignas sobre os que têm a marca da besta
- O
mar se transforma em sangue
- As
águas se transformam em sangue
- Os
homens são queimados pelo sol
- O
reino da besta é mergulhado em trevas
- O
rio Eufrates seca para preparar o caminho dos reis do Oriente
- Grandes
terremotos, cidades caem e granizos enormes
As Duas Testemunhas
Em Apocalipse 11, temos a descrição das duas testemunhas que
profetizarão durante 1.260 dias (três anos e meio) no período da Grande
Tribulação. Estas testemunhas terão poder extraordinário e serão mortas pela
besta, mas ressuscitarão após três dias e meio.
Características das duas testemunhas:
- Profetizarão
por 1.260 dias
- Terão
poder para fechar o céu para que não chova
- Transformarão
águas em sangue
- Ferirão
a terra com toda sorte de pragas
- Serão
mortas e expostas publicamente
- Ressuscitarão
e ascenderão ao céu
A Mulher, o Dragão e a Criança
Apocalipse 12 apresenta uma visão simbólica de uma mulher
vestida do sol, que dá à luz um filho varão, perseguida por um grande dragão
vermelho. Esta narrativa simboliza a perseguição ao povo de Deus durante a
Grande Tribulação.
Elementos simbólicos de Apocalipse 12:
- A
mulher vestida do sol (Israel ou o povo de Deus)
- A
criança varão (Jesus Cristo ou o remanescente fiel)
- O
dragão vermelho (Satanás)
- A
fuga da mulher para o deserto (proteção divina durante a tribulação)
- A
ira do dragão contra os descendentes da mulher (perseguição aos crentes)
A Besta, o Falso Profeta e a Marca
A Besta que Sobe do Mar
Apocalipse 13 introduz a figura da besta que sobe do mar, um
líder político mundial que receberá autoridade do dragão (Satanás) e governará
durante a Grande Tribulação. Esta besta é descrita com características que a
identificam como um sistema político-religioso opressor.
Características da besta que sobe do mar:
- Terá
sete cabeças e dez chifres
- Receberá
poder, trono e grande autoridade do dragão
- Fará
guerra contra os santos e os vencerá
- Terá
autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação
- Todos
os habitantes da terra a adorarão
- Blasfemará
contra Deus, Seu nome e Seu tabernáculo
- Perseguirá
os santos por 42 meses
A Besta que Sobe da Terra
A segunda besta, que sobe da terra, é conhecida como o Falso
Profeta. Esta figura terá aparência de cordeiro, mas falará como dragão,
enganando muitos com sinais e prodígios.
Ações do Falso Profeta:
- Exercerá
toda a autoridade da primeira besta
- Fará
com que a terra e seus habitantes adorem a primeira besta
- Realizará
grandes sinais, inclusive fazendo descer fogo do céu
- Enganará
os habitantes da terra com sinais
- Ordenará
que se faça uma imagem à primeira besta
- Dará
vida à imagem da besta, fazendo com que fale
- Fará
com que todos, pequenos e grandes, recebam a marca da besta
A Marca da Besta
Um dos aspectos mais conhecidos da Grande Tribulação é a
marca da besta, descrita em Apocalipse 13:16-18. Esta marca será necessária
para comprar ou vender, e todos que não a receberem enfrentarão perseguição e
morte.
Detalhes sobre a marca da besta:
- Será
colocada na mão direita ou na testa
- Conterá
o nome da besta ou o número de seu nome
- O
número é 666, o número de um homem
- Será
um teste de lealdade entre Deus e a besta
- Quem
a receber sofrerá a ira de Deus (Apocalipse 14:9-11)
- Quem
se recusar a recebê-la não poderá comprar ou vender
Os 144.000 Selados
Em Apocalipse 7 e 14, encontramos a descrição dos 144.000
selados de Deus, 12.000 de cada tribo de Israel. Estes são protegidos durante a
Grande Tribulação e têm um papel especial no plano divino.
Características dos 144.000 selados:
- São
selados antes do início dos juízos das trombetas
- São
12.000 de cada uma das doze tribos de Israel
- São
virgens que não se contaminaram com mulheres
- Seguem
o Cordeiro para onde quer que vá
- São
primícias para Deus e para o Cordeiro
- Não
se achou engano em sua boca
- São
irrepreensíveis diante do trono de Deus
A Babilônia Mística
Apocalipse 17-18 descreve a queda da Babilônia mística, um
sistema religioso e comercial corrupto que exerce grande influência durante a
Grande Tribulação. Esta Babilônia é retratada como uma meretriz montada numa
besta colorida, embriagada com o sangue dos santos.
Características da Babilônia mística:
- É
uma grande prostituta que se assenta sobre muitas águas
- Está
embriagada com o sangue dos santos e das testemunhas de Jesus
- Está
vestida de púrpura e escarlata, adornada com ouro e pedras preciosas
- Tem
na mão um cálice de ouro cheio de abominações
- Persegue
e mata os santos de Deus
- Controla
o comércio mundial e enriquece através dele
- Será
destruída em uma hora pelos reis que a apoiaram
O Armagedom e a Segunda Vinda de Cristo
A Batalha do Armagedom
Apocalipse 16:16 menciona o lugar da batalha do Armagedom,
onde os reis da terra se reunirão para a batalha contra Deus e Seu Cristo. Esta
batalha culminará com a intervenção direta de Cristo e o estabelecimento de Seu
reino.
Aspectos da batalha do Armagedom:
- Os
reis da terra serão reunidos por demônios
- A
batalha ocorrerá no vale de Megido
- Será
uma tentativa final das forças do mal contra Deus
- Será
interrompida pela aparição de Cristo
- Resultará
na derrota completa das forças do mal
A Segunda Vinda de Cristo
O clímax da Grande Tribulação será a segunda vinda de
Cristo, descrita em Apocalipse 19:11-16. Jesus voltará como Rei dos reis e
Senhor dos senhores para julgar as nações e estabelecer Seu reino milenar.
Descrição da segunda vinda de Cristo:
- Cristo
virá montado em um cavalo branco
- Seus
olhos serão como chama de fogo
- Na
cabeça terá muitos diademas
- Seu
nome será a Palavra de Deus
- Os
exércitos do céu O seguirão
- Ele
ferirá as nações com a espada que sai de Sua boca
- Governará
as nações com vara de ferro
- Esmagará
a besta e o falso profeta
Diferentes Perspectivas Escatológicas
Pré-Tribulacionismo
A visão pré-tribulacionista ensina que a Igreja será
arrebatada antes do início da Grande Tribulação. Esta perspectiva é popular
entre muitos evangélicos e enfatiza a iminência do arrebatamento.
Principais argumentos do pré-tribulacionismo:
- A
promessa de que a Igreja será guardada da "ira vindoura" (1
Tessalonicenses 1:10)
- A
distinção entre Israel e a Igreja no plano profético
- A
ausência de referências à Igreja nos capítulos de Apocalipse que descrevem
a tribulação
- A
natureza inesperada e iminente do arrebatamento
Meso-Tribulacionismo
O meso-tribulacionismo (ou pré-ira) ensina que a Igreja será
arrebatada no meio da Grande Tribulação, antes do derramamento das taças da ira
de Deus.
Principais argumentos do meso-tribulacionismo:
- A
Igreja passará pela primeira parte da tribulação, mas será protegida da
ira direta de Deus
- A
sétima trombeta (Apocalipse 11:15) é vista como o momento do arrebatamento
- A
proteção divina durante as pragas do Egito como tipo da proteção da Igreja
- A
identificação dos dois dias e meio das testemunhas com o arrebatamento
Pós-Tribulacionismo
O pós-tribulacionismo ensina que a Igreja passará por toda a
Grande Tribulação e será arrebatada no final deste período, na segunda vinda de
Cristo.
Principais argumentos do pós-tribulacionismo:
- A
promessa de tribulação para os crentes (João 16:33)
- A
ressurreição dos mártires da tribulação (Apocalipse 20:4)
- A
colheita no fim da era (Mateus 13:39)
- A
unidade do povo de Deus em todas as eras
- A
vinda de Cristo como um evento único, não em duas fases
Pré-Milenismo Histórico
Esta visão, semelhante ao pós-tribulacionismo, ensina que
Cristo voltará após a Grande Tribulação para estabelecer Seu reino milenar na
terra.
Características do pré-milenismo histórico:
- A
Igreja passará pela Grande Tribulação
- Cristo
voltará visivelmente no final da tribulação
- Haverá
um reino literal de Cristo na terra por mil anos
- A
ressurreição e o juízo final ocorrerão após o milênio
Amilenismo
O amilenismo interpreta o milênio de forma simbólica,
entendendo-o como o período atual da história da Igreja, e não como um reino
literal futuro.
Principais pontos do amilenismo:
- As
profecias sobre a tribulação são cumpridas de forma espiritual ou já foram
cumpridas historicamente
- O
milênio é o período entre a primeira e a segunda vinda de Cristo
- Satanás
foi amarrado durante o ministério de Cristo
- A
segunda vinda de Cristo será um evento único, seguido pelo juízo final e
estado eterno
O Propósito da Grande Tribulação
Juízo Sobre a Impiedade
Um dos propósitos principais da Grande Tribulação é o juízo
divino sobre a impiedade humana. Romanos 2:5 declara: "Mas, segundo a
tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da
manifestação do juízo de Deus".
Aspectos do juízo durante a Grande Tribulação:
- Manifestação
da justiça divina contra o pecado
- Revelação
da verdadeira natureza do coração humano
- Juízo
sobre sistemas mundiais corruptos
- Cumprimento
das profecias sobre o dia do Senhor
Chamado ao Arrependimento
Apesar da severidade dos juízos, a Grande Tribulação também
serve como um chamado ao arrependimento. Apocalipse 9:20-21 mostra que, mesmo
diante dos juízos divinos, muitos se recusarão a se arrepender.
O chamado ao arrependimento durante a tribulação:
- A
paciência de Deus mesmo durante o juízo (2 Pedro 3:9)
- A
oportunidade de salvação mesmo nos momentos mais difíceis
- A
pregação do evangelho durante a tribulação (Mateus 24:14)
- A
misericórdia divina demonstrada mesmo no juízo
Purificação do Povo de Deus
A Grande Tribulação também servirá como um tempo de
purificação para o povo de Deus. Malaquias 3:2-3 fala sobre o Senhor que virá
como "fogo de ourives" e "como sabão de
lavandeiros" para purificar os filhos de Levi.
Aspectos da purificação durante a tribulação:
- Refinamento
da fé dos crentes (1 Pedro 1:7)
- Separação
entre o verdadeiro e o falso cristianismo
- Preparação
do povo de Deus para a volta de Cristo
- Revelação
da verdadeira identidade dos seguidores de Cristo
Cumprimento das Profecias
A Grande Tribulação é o cumprimento de numerosas profecias
bíblicas. Jesus declarou em Mateus 5:17: "Não cuideis que vim destruir
a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir".
Profecias cumpridas durante a Grande Tribulação:
- As
profecias de Daniel sobre as setenta semanas (Daniel 9:24-27)
- As
profecias de Jesus sobre os últimos dias (Mateus 24, Marcos 13, Lucas 21)
- As
profecias de Paulo sobre o homem do pecado (2 Tessalonicenses 2)
- As
profecias de João em Apocalipse sobre os últimos dias
Como os Crentes Devem se Preparar
Vigilância Espiritual
Jesus repetidamente chamou Seus seguidores à vigilância
(Mateus 24:42, 25:13). A preparação para os eventos finais começa com uma vida
de vigilância espiritual constante.
Práticas de vigilância espiritual:
- Oração
constante (1 Tessalonicenses 5:17)
- Estudo
diligente das Escrituras (2 Timóteo 2:15)
- Santificação
pessoal (1 Pedro 1:15-16)
- Discernimento
espiritual (1 João 4:1)
- Comunhão
com outros crentes (Hebreus 10:24-25)
Firmeza na Fé
Em tempos de tribulação, a firmeza na fé será essencial.
Efésios 6:13 exorta: "Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que
possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes".
Elementos para manter a firmeza na fé:
- Conhecimento
sólido das doutrinas bíblicas
- Confiança
inabalável nas promessas de Deus
- Experiência
pessoal com Deus através da oração
- Compreensão
do caráter de Deus
- Memória
das intervenções passadas de Deus
Testemunho Corajoso
Mesmo em meio à perseguição, os crentes são chamados a dar
testemunho de sua fé. Atos 1:8 registra a promessa de Jesus: "Mas
recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos
confins da terra".
Como testemunhar em tempos difíceis:
- Viver
uma vida coerente com os valores do evangelho
- Estar
preparado para dar razão da esperança (1 Pedro 3:15)
- Demonstrar
amor mesmo aos perseguidores (Mateus 5:44)
- Manter
a integridade mesmo sob pressão
- Confiança
na soberania de Deus mesmo na morte
Esperança na Volta de Cristo
A esperança na volta de Cristo é o ânimo do crente em tempos
de tribulação. Tito 2:13 fala sobre "a bendita esperança e a
manifestação da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo".
Aspectos da esperança na volta de Cristo:
- A
certeza da vitória final de Cristo
- A
promessa da ressurreição dos mortos em Cristo
- A
expectativa do estabelecimento do reino eterno
- A
alegria da reunião com todos os santos
- A
confiança de que todo sofrimento terá fim
Conclusão: A Esperança Além da Tribulação
A Grande Tribulação, embora descrita nas Escrituras como um
tempo de intensa angústia e sofrimento, não é o fim da história. Ela é, na
verdade, o prelúdio para o estabelecimento do reino eterno de Cristo, onde não
haverá mais dor, nem pranto, nem morte (Apocalipse 21:4).
Para os crentes, o estudo da Grande Tribulação não deve
gerar medo, mas sim:
- Reverência
pela soberania de Deus sobre a história
- Vigilância
na vida espiritual e no testemunho cristão
- Esperança
na promessa da volta de Cristo
- Fidelidade
às verdades das Escrituras mesmo em tempos difíceis
Independentemente da perspectiva escatológica que se adote,
o chamado bíblico é claro: "Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora
há de vir o vosso Senhor" (Mateus 24:42). Que cada crente viva em
constante preparação, buscando a santificação e o testemunho fiel, aguardando
com esperança a gloriosa volta de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.